Dá-me uma gota de ti.
Dá-me uma gota de ti
Uma palavra que seja
Despida de todos os sinais
Vestida de outro lugar
Onde habitem vendavais
E gaivotas a cantar
Dá-me uma flor desfolhada
Com seiva de água na boca
E lonjuras de moinhos
Como alquimias de vento
A rasgar céus em pedaços
Como estilhaços do tempo
Dá-me um chá preto das cinco
E o Bolero de Ravel
Com a malta sussurrada
Entre beijos no meu peito
Lábios carnudos que eu sinto
E o sabor da tua pele
Dá-me um trago de ti mesma
Em copo de oiro e cristal
Para que escondidos na noite
Celebremos o teu corpo
Com excessos soletrados
Num desrespeito total
Num desrespeito total
Pedro Barroso
POSTADO POR JOSÉ RIBEIRO NO SITE BRASIL-LUSITANOS
www.brasil-lusitanos.ning.com
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"Dá-me uma gota de ti", postado por mim a pensar na mulher que amei em silêncio: Janete Antunes!
ResponderExcluirlinda poesia.
ResponderExcluirEmocionada em pensar como pode uma pessoa suportar a dor de amar em silencio. Silenciar um amor,para mim é como prender a respiração e morrer sufocado