Não a que me foi prometida...
Mas este emaranhado de sentimentos
Que se abriu em intensas feridas,
Pois não encontrou o esquecimento.
Deixo-lhe minha essência imortal!
Uma alma ora triste e atormentada,
Perdida nas sombras dos dias...
Nômade em sombrias madrugadas,
Sangrando saudades e agonias...
Deixo-lhe o meu amor!
Aquele que sempre lhe pertenceu!
E mesmo agonizante, em ansiedades,
À distância imposta, sobreviveu!
Deixo-lhe meu coração!
Um livro sempre aberto,
Permanece ali registrado
Todo o encantamento vivido,
Quando adormecia ao seu lado...
Deixo-lhe ainda como herança:
Antigos sonhos de felicidade,
Floradas orvalhadas de esperança,
Na luz mágica da eternidade...
Só não lhe deixo:
O sono do meu corpo,
Que nos vitrais estilhaçados das solidões
Quedou-se ao silêncio, morto,
Em agrilhoados porões!
Só levo comigo:
A magia que havia em seu olhar,
O seu primeiro sorriso,
Os fios prateados do luar
Onde seu abraço, era meu abrigo
DESCONHEÇO AUTORIA
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